terça-feira, 10 de novembro de 2015

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O que está acesa, agora Antônio, é a luminária no meu quarto. Não tem vida, não tem chama, não tem esperança. Está tudo, tudo apagado. Com duas letrinhas se muda o "apagado" para o "acabado". Me dói, não ter mais nenhuma vida neste quarto. E já faz algum tempo, meu querido Antônio. 




Antônio, por isso te peço
acenda uma vela para mim

com todo desespero de viver,
Elena
É que, dói tanto só de passar a língua no papel só para corta-lo e escrever sobre os cortes que a vida dá.

terça-feira, 18 de agosto de 2015



Sempre que eu olho para essa foto, paro e penso: parecem sapatos de órfão. 
Carrego a morte no bolso, e no outro a Eternidade. Deus há de saber como a gente vai se arranjar.

[Carta para uma querida amiga]

segunda-feira, 10 de agosto de 2015



Mudanças que são cargas


"Um homem vai devagar. 

Um cachorro vai devagar. 
Um burro vai devagar. 
Devagar... as janelas olham.



"Eta vida besta, meu Deus", Drummond em Cidadezinha qualquer.